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Live commerce: a tendência do comércio eletrônico que vai dominar o mercado

  • Post published:09/05/2023

O live commerce é a nova modalidade de vendas que está dando o que falar na China e ditando tendência para o mundo… O nome se refere à junção das famosas lives, transmissões de vídeo ao vivo através da internet, com os e-commerces – que são plataformas de comércio eletrônico.

Já há um bom tempo os chineses cultivam o hábito de assistir influencers e outros ídolos em suas rotinas diárias. Estes aparecem brincando, cozinhando ou mesmo jantando em casa. Mas a ideia de assistir lives para fazer compras passou a ganhar espaço no país asiático, especialmente a partir de 2017. Desde então, influencers do varejo começaram a transmitir vídeos ao vivo de dentro das lojas, dando close nos produtos e experimentando peças.

Especialmente em tempos de pandemia, a possibilidade de comprar sem sair de casa se tornou muito valiosa. Muitas vezes, a única opção dos consumidores. Vem daí o verdadeiro boom do live commerce

Para se ter uma ideia, o streaming Alibaba Taobao Live, permite aos usuários assistir lives e comprar sem sair da plataforma. Recentemente,  teve um aumento de 700% no número de comerciantes cadastrados entre janeiro e fevereiro deste ano. Para não deixar vocês de fora dessa novidade, resolvemos explicar um pouco melhor.

Como funciona um live commerce?

Bom, o live commerce fica concentrado nos influencers, que na China são chamados de key opinion leaders (KOLs), ou líderes chave de opinião. Essas pessoas têm milhares ou milhões de seguidores em suas redes sociais. Dessa forma, estas pessoas levam muito em conta suas opiniões na hora de comprar um produto ou contratar um serviço.

Os KOLs chineses aparecem, portanto, ao vivo para seus seguidores apresentando um produto, um serviço ou mesmo um local para visitar. Eles podem, por exemplo, experimentar roupas, sapatos e joias ao vivo, mostrar como um determinado cosmético fica na pele ou simplesmente revelar como um agricultor colhe os alimentos que serão vendidos em seguida.

A diferença entre a live comum que os influencers fazem no Instagram, por exemplo, e o live commerce é que o segundo acontece em uma plataforma específica. Portanto, é possível assistir ao influencer e comprar o produto ao mesmo tempo, sem precisar sair do streaming.

Além disso, é comum que os influenciadores ofereçam descontos ao vivo para os usuários, estratégia que pode aumentar muito o número de vendas. 

Por que o live commerce é tão legal?

live commerce

 

Boa parte dos consumidores não faz compras apenas porque precisa, mas sim porque acha divertido. Ao dar uma volta no shopping com amigos ou familiares, as pessoas costumam dar algumas risadas, pedem opiniões do que devem comprar, matam dúvidas com os vendedores e passam um tempo prazeroso olhando vitrines.

Os live commerces proporcionam aos usuários uma experiência parecida por 3 razões principais

1) Você tem uma noção mais real do que está comprando

Já que você não pode, ou não quer, sair de casa para ir até a loja e experimentar o produto, por que não ver como ele fica em outra pessoa?

Quando o influencer experimenta uma roupa, sapato, joia ou cosmético, por exemplo, os consumidores conseguem ter uma noção mais real do que estão comprando, pois checam como a peça fica no corpo e conferem se as características passadas pela loja são verdadeiras, como a cor, tecido, tamanho e caimento.

2) Você tem uma opinião confiável

Como a opinião do influencer é levada a sério por seus seguidores, entende-se que os produtos e serviços apresentados nas lives valem a pena, ponto que conta muito a favor das marcas. É como se um amigo ou familiar em quem você confia muito dissesse que comprou determinado produto e recomenda.

3) Você pode interagir com o “vendedor”

Além de sanar inseguranças, os live commerces são positivos também por permitirem uma interação única. Assim como aconteceria com o vendedor de uma loja física, os usuários podem interagir com o influencer, fazer perguntas e já comprar na hora.

Também é grande a sensação de comunidade durante um live commerce, pois você também pode ver a opinião de outras pessoas nos comentários.

E-commerce não é mais luxo: é necessidade

De fevereiro para março deste ano, o setor de tecidos, vestuário e calçados no Brasil teve uma queda de mais de 40% nas vendas. O número é consequência da atual pandemia de coronavírus que fechou o comércio e obrigou pessoas do mundo todo a ficarem em casa.

Ainda que as coisas voltem ao normal em alguns meses, os varejistas já entenderam que o online chegou para ficar e que, se quiserem continuar de portas abertas, será preciso inovar.

Vale lembrar que o sucesso do comércio eletrônico ainda está praticamente limitado aos produtos simples de comprar e transportar, como eletrônicos, roupas, ferramentas domésticas e, mais recentemente, mantimentos. Mas cada dia mais itens entram nas estatísticas de aumento das vendas online.

Há alguns anos ninguém imaginava que compraria sapatos sem sequer tocar neles. Por que não comprar uma casa pela internet em um futuro próximo?

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