Acredita-se que a origem da bússola remonta à China do século I a.C. Nessa época, a civilização chinesa já explorava as propriedades da magnetita para determinar os pontos cardeais. Com o passar dos anos, o instrumento evoluiu significativamente até chegar ao modelo que conhecemos atualmente.
O início: Si Nan, a primeira bússola chinesa
A invenção conhecida como Si Nan, ou “Governador do Sul”, é considerada a primeira bússola chinesa. Essa engenhoca consistia em um pedaço de magnetita esculpido em forma de colher, que era colocado em um recipiente com água. Devido à influência do campo magnético terrestre, a magnetita flutuante sempre apontava na mesma direção, mais tarde identificada como o eixo norte-sul.
Aperfeiçoamento na China
Cerca de 900 anos depois, os chineses substituíram a colher de magnetita por uma folha de ferro em formato de peixe. Eles chamaram essa inovação de “peixe-que-aponta-o-sul”, já que sua cauda apontava para o Norte. No século XI, trocaram a folha de ferro por uma agulha suspensa por um fio de seda.
Encontramos a primeira referência clara à fabricação de uma bússola em uma enciclopédia chinesa do ano 1.040 d.C., que descreve a produção de agulhas magnetizadas. O Almirante Zheng He, por exemplo, a utilizou como instrumento de navegação em 8 viagens marítimas.
A contribuição ocidental para a bússola
Em 1302, o marinheiro e inventor italiano Flávio Gioia aprimorou a ferramenta, posicionando a agulha sobre um cartão com o desenho de uma rosa-dos-ventos, o que facilitou a orientação.
Posteriormente, em 1417, intelectuais da Escola de Sagres, pioneira em tecnologia marítima, desenvolveram o modelo de bússola que conhecemos hoje. Este modelo possui uma tampa de vidro que protege a agulha de interferências de outros metais. A palavra “bússola” tem origem no italiano “bussola”, que significa “caixa pequena”.
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